terça-feira, 16 de janeiro de 2024

A BOSSA NOVA E O PASSAPORTE

 

Sacha Distel e Dionne Warwick (et Baden Powell) - "The girl from Ipanema" / "A Felicidade"
https://www.youtube.com/watch?v=LsPJP_vJ2H4

foto em https://www.youtube.com/watch?v=LsPJP_vJ2H4

    A Bossa Nova é o passaporte do Brasil, com o visto de entrada para qualquer país do mundo. E essa entrada é triunfal: leva sorrisos, leva gingado... leva sol, leva verde... leva tardes ensolaradas em "jardins de sol". E nessa praia há sempre "garotas de Ipanema": autênticas "flores que nascem morenas", e que inspiram beleza - e "(a) Felicidade". Quer mais? Pois a Bossa Nova é também o certificado de doçura da língua portuguesa falada no Brasil... que, quando soa, assim como passarinhos, tem o poder de um salvo-conduto, transpondo fronteiras, inclusive induzindo o estrangeiro a cantar e a assobiar, em instintiva elevação de alma. Com a Bossa Nova a "felicidade" não tem fim... em especial se se juntar acordes do violão do Baden a esse tempero, conforme fizeram o francês Sacha Distel e a norte-americana Dionne Warwick.
    - Ah, Bossa Nova... Ah, Brasil... somos o paraíso adormecido... muito, muito mais do que se sabe por aí!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

PALACETE, 1922

 

Palacete, 1922 - Restaurante e Café
(foto: acervo pessoal)

Descendo a Florêncio de Abreu, no centro de Ribeirão Preto, SP, em sua esquina com a Álvares Cabral, está o Palacete Jorge Lobato. Construído em 1922, foi residência de Jorge Lobato Marcondes Machado - um engenheiro que, vindo de Taubaté, SP, havia se mudado para Ribeirão Preto. Fechado por quase 25 anos, e sem nenhuma manutenção, o imóvel foi tombado em 2008 pelo CONPPAC (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural), restaurado em seguida, e reaberto em 2017 como restaurante.

Concerto para violino e oboé em Dó Menor (Allegro) - BWV 1060
https://www.youtube.com/watch?v=HLiqQFpMGXg 

E que restaurante! Um verdadeiro presente para Ribeirão. Estar lá, rodeado de encantos que retêm o próprio tempo, é um privilégio para observadores e gourmets de paladar requintado. Com um cardápio que oferece pratos deliciosos, é o canto aconchegante e apropriado para jantares especiais. Janelas, portas, vitrais... obras de arte espalhadas pelo imóvel, paredes decoradas... é a história que conta histórias e inspira diálogos. Composições de Bach, Chopin, Piazzolla, Villa-Lobos e tantos outros, que combinam muito bem com o imóvel, promovem a suavidade do fundo musical para um encontro perfeito: amigos, namorados, familiares, confraternizações... ou uma simples visita. Tudo lá encanta... e pede uma garrafa de vinho para a sua mesa. Vá lá conhecê-lo! Seja também personagem dessa obra de arte - e valorize: recomendadíssimo!


(site do imóvel/restaurante: https://palacete1922.com.br/o-restauro.html)  


quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

MAIS UM HERÓI ESQUECIDO EM UM MUNDO DESATENTO

Gosto dos artistas de rua. Instalam-se em uma esquina qualquer, em uma praça, em frente a uma loja, em estações de ônibus, de trens ou metrô, onde quer que seja. Tocam seus instrumentos e cantam sem exigirem nada em troca. Seguem cantando e encantando aqueles que por eles passam. Encantam, mesmo que por um pequeno lapso de tempo, aqueles que dirigem a eles um olhar e que, passando, carregam na mente um universo de questões e histórias pessoais... histórias que reaparecem ao ouvirem o cantor de rua, que mora sabe-se lá onde, que alimenta-se sabe-se lá com o que, que canta sua própria história para uma plateia apressada que transita pelas ruas da cidade, sem saber porque ou por quem cantam os cantores de rua...


Mick Iredale - "Streets os London"** (Ralph McTell)
https://www.youtube.com/watch?v=GS7Hwd9eQsI 

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*One more forgotten hero in a world that doesn't care
**Streets of London (Ralph McTell)
Have you seen the old man/ in the closed-down market/ kicking up the paper/ with his worn out shoes? In his eyes you see no pride/ and held loosely at his side/ yesterday's paper telling yesterday's news.
So how can yout tell me your're lonely/ and say for you that the sun don't shine?/ Let me take you by the hand and lead you through the streets of London/ I'll show you something to make you change your mind.
Have you seen the old girl/ who walks the streets of London/ Dirt in her hair and her clothes in rags?/ She's no time for talking/ She just keeps right on walking/ Carrying her home in two carrier bags.
So how can you tell me...
In the all night cafe/ at a quarter past eleven/ same old man is sitting there on his own/ looking at the world/ over the rim of his tea-cup/ each tea last an hour/ then he wanders home alone.
So how can you tell me...
And have you seen the old man/ outside the seaman's mission/ memory fading with/ the medal ribbons that he wears/ in our winter city/ the rain cries a little pity/ for one more forgotten hero/ and a world that doesn't care.
So how can you tell me...