sábado, 29 de dezembro de 2012

2013


("When you wish upon a star" - Leith Harline/Ned Washington, do filme Pinocchio, 1940, em adaptação de Walt Disney - gravação: Louis Armstrong)


When You Wish Upon A Star
When you wish upon a star
Makes no difference who you are
Anything your heart desires
Will come to you

If your heart is in your dreams
No request is to extreme
When you wish upon a star
As dreamers do

Fate is kind
She brings to those who love
the sweet fullfillment of their secret love

Oh, Like a boat out of the blue
Fate steps in and see's you through
When you wish upon a star
Your dreams come true

If your heart is in your dreams
No request is to extreme
When you wish upon a star
As dreamers do

Woah, when you wish upon a star
Your dream comes true... mmmm

Quando Você Faz Um Pedido a uma estrela
Quando você faz um pedido a uma estrela
Não importa quem você seja
Qualquer coisa que o seu coração deseje
Irá se tornar realidade

Se seu coração está nos seus sonhos
Nenhum pedido é extremo
Quando você faz um pedido a uma estrela
Como sonhadores fazem

O destino é generoso
A estrela traz para aqueles que amam
A doce satisfação de seus amores secretos

Oh, como um barco partindo para o azul
O destino caminha e vê o que você pediu
Quando você faz um pedido a uma estrela
Seus sonhos se tornam realidade

Se seu coração está nos seus sonhos
Nenhum pedido é extremo
Quando você faz um pedido a uma estrela
Como sonhadores fazem

Woah, quando você faz um pedido a uma estrela
Seus sonhos se tornam realidade...mmm

 



Dizem que um homem, na vida, precisa 

"ter um filho, 

plantar uma árvore, e 

escrever um livro". 

Filho, tenho dois.  

Uma árvore, quase plantei... em casa não tem jeito, pois moro em apartamento. Mas um belo dia as coisas foram acertadas: era domingo e um grupo de amigos resolveu fazer um plantio coletivo (de árvores). Topei "no ato". Seria uma goiabeira. Mas... o sol estava fortíssimo, cheguei atrasado... Alguém plantou por mim. Portanto, não valeu. 

Quanto ao livro, também não é coisa complicada... é só juntar uma porção de textos... 

Mas, lembro-me que li em algum lugar o seguinte:

"Ter um filho é fácil... difícil é criá-lo;

Plantar uma árvore também é fácil... difícil é regá-la todos os dias;

Escrever um livro, assim como ter um filho e plantar uma árvore, também é fácil... difícil é ter alguém que se interesse em lê-lo..."

Concordo com essas observações. Portanto meus amigos, meus leitores e seguidores:

Estou me programando para plantar uma árvore... talvez um ipê amarelo... ainda não sei onde - mas é um projeto. 

Quanto aos meus textos, peço que tenham muita paciência se se derem ao trabalho de lê-los. Aliás, agradeço ao tempo que empregam para, esporadicamente, lê-los. Quem sabe um dia faço uma seleção e viram um livro para não sei quem ler...  

Por ora, fico na expectativa de que os textos aqui publicados possam suscitar em quem os lê somente coisas positivas e boas.

A todos desejo muita saúde, muita paciência, e muitas alegrias em 2013... e sempre.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A CHEGADA


(para assistir o vídeo clique na seta, na parte de baixo, do seu lado esquerdo)
                                                       
       ("A Chegada" - nov/12 - arq. pessoal - música: "The Boxer", de Simon & Garfunkel)


                                                                                Aos meus amigos conterrâneos
                                                                                   que vivem em lugares distantes.                                  

   Quantas vezes fizemos esse trajeto? Quantas vezes mais o faremos? A paisagem às margens da rodovia já é outra; a vida seguiu em frente. A rodovia tornou-se uma ponte que liga margens distantes às margens de nossa identidade. Todas elas se entreleçam e convergem para um mesmo destino. A curta avenida de entrada é a expectativa de revisita às histórias guardadas nas ruas, nas árvores, nas casas e nos muros que transpomos ao olhar

   Na chegada os imóveis passam, silenciosos, e nos contam o que, de nós, guardaram. São eles também, guardiões do que já fomos, pontes que nos ligam ao que já não existe mais. 

   Na esquina um aceno: alguém em uma bicicleta, parado, olha e comenta com o olhar indeciso: "acho que conheço...". 

   Seguimos tecendo nossas pontes. Das grandes, suspensas, feitas de treliças de aço, às frágeis pinguelas de tronco de árvore. Pontes das nossas histórias de chegada às nossas pontes de partida; das lembranças gloriosas às insignificantes. Todas estão ali - nas paredes, nas ruas, nos muros - guardadas: cada um que passa inevitavelmente as descortina - e se nutre de expectativas inúteis de retomá-las. 

   Essas expectativas, mesmo que inúteis, são os mais doces retratos do universo que nos deu uma identidade...     

(Homenagem a um conterrâneo que vive muuuuuito longe - fonte: facebook do "Hiró")

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A VIDA, NAS NUVENS DE OSCAR NIEMEYER



                                   ("Oscar Niemeyer" - fonte: news.yahoo.com)


     Cheguei no escritório hoje de manhã e fui direto à estante procurar uma coletânea de crônicas do Oscar Niemeyer (1). Ainda trazia na cabeça a mensagem enviada de Brasília pelo meu filho – Gabriel - ontem à noite, perguntando-me se eu ficara sabendo da morte do Oscar:

     - Pai, você viu que o Niemeyer morreu? – perguntou-me ele, via “torpedo” no celular.

     O Niemeyer - esclareço - sempre foi um nome que me acompanhou a vida toda. Não que eu conhecesse bem e estudasse seu trabalho de traçar linhas que se harmonizam com a natureza. Mas ele sempre foi para mim um personagem quase que fictício, uma obra da imaginação, dos livros, das revistas, de referências enfim. Sempre que leio ou ouço seu nome o que me vem são seus traços leves, as ideias de humanismo, leveza e modernidade. 

     Fui conhecer melhor seu trabalho há poucos anos quando estive em Brasília pela primeira vez - e me encantei pela cidade. Foi um encantamento comum - meu e do meu filho, que descobriu a cidade comigo. 

     Depois, em viagem pela Inglaterra no ano passado, ao apresentar o Brasil para rotarianos de lá, falava do Niemeyer com emoção e orgulho sempre que em alguma reunião sua figura e suas obras eram projetadas em slide na tela:

     - This man is over 100 years old and is still teaching us how to live... (Esse homem tem mais de 100 anos e ainda está nos ensinando a viver) – eu comentava.

     Pois a primeira crônica que li hoje, ao abrir a coletânea, falava de viagens e de nuvens (2). Nela o Niemeyer descrevia suas viagens de carro a Brasília. Ele comentava que sua distração era ficar olhando as nuvens; que as nuvens no espaço iam formando figuras, catedrais, guerreiros, monstros, mulheres; mas que as figuras iam se deformando, desfazendo, fustigadas pela fúria dos ventos. E, no final, ele comparava nossa existência com as nuvens que eram formadas:

     “(...) senti como aquela metamorfose perversa se assemelhava ao nosso próprio destino, obrigados a nascer, crescer, lutar, morrer e desaparecer, para sempre (...).” 

     Ao falarmos de Niemeyer, inevitavelmente o associamos à Arquitetura. Fica na gente a ideia de um homem fazendo traços, com o pensamento voltado exclusivamente para algum projeto (arquitetônico). E ele mesmo, em “Arquitetura em Debate” da mesma coletânea de crônicas, comenta sua atividade profissional:

     “Na verdade, é debruçado na prancheta que passo os dias, trabalhando das 9:00 até à hora do jantar(...).”

     E no mesmo texto, concluindo seu raciocínio, continua:

     “(...) mas sempre reservando um tempo para ficar sozinho a cuidar dos meus projetos (...) ou a pensar na vida, no ser humano tão frágil e desprotegido, neste mundo estranho e injusto que devemos modificar. Tudo isso, mais importante do que a arquitetura.” 

     Pensando nessas coisas, e já me ajeitando para as lidas do meu trabalho, reabri a caixa de mensagens do meu celular para reler minha reposta ao “torpedo” do meu filho:

          - Vi sim, filho [a notícia da morte do Niemeyer]. Sua irmã me contou. Ele sempre foi uma referência para o Brasil no exterior. E continuará sendo. Tudo tem seu tempo... Até o nosso tempo de existência. Fica o que fizemos. Boa noite. Beijão. Daddy. 

("Fica o que fizemos" - Congresso Nacional, Brasília/DF: projeto de O. Niemeyer - arq. pessoal)



(1) Nyemeyer, Oscar. Crônicas. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Revan, 2008 
(2) "Nuvens" 

RP, 06dez12

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A MINHA TEORIA SOBRE A ORIGEM DO NOME "PORTO ALEGRE"




        Foram muitas as histórias que ouvi e li a respeito do nome da capital do Rio Grande do Sul. Alguns dizem que o nome foi atribuído àquele lugar em homenagem à cidade do Porto, situada no noroeste de Portugal; outros dizem que a homenagem não foi para a cidade do Porto, mas sim para Portalegre, outra cidade portuguesa, na fronteira com a Espanha. Outros ainda explicam que... "blá blá blá, blá blá blá", Porto de Viamão, Porto dos Casais, os açorianos, teorias e teorias, mais “blá blá blá”, etc etc... Não importa. Procurei eu mesmo entender o seu nome. 

        Fiquei atento aos detalhes da cidade logo no primeiro passeio que fiz em um ônibus de turismo pelas suas ruas, avenidas, e pontos de referência: Mercado Público, Paço Municipal, Palácio Piratini, Catedral Metropolitana, Teatro São Pedro, Viaduto Otávio Rocha... e muito, muito mais. 


(Ônibus de Turismo no ponto em frente ao Mercado - Porto Alegre, RS - arq. pessoal)

         O horizonte visto ao longe, da Usina do Gasômetro às margens do Guaíba, somado ao pulsar de vida na esquina democrática - cruzamento da Avenida Borges de Medeiros com Rua dos Andradas -, foram decisivos para fazer com que eu deixasse de teorizar origens históricas para aquele porto e já me sentisse impregnado de sua alegria -  e, por conseguinte, convencido de que "Alegre" é o adjetivo que se adequa perfeitamente àquela cidade. 

(Sob um sol escaldante, porém "Alegre": o adjetivo que se adequa perfeitamente àquela cidade" - arq. pessoal)

        Seu nome, portanto, está no universo do sentido, antes mesmo do explicado: mas também - convenhamos - com minha mulher e minha filha ao lado, juntamente com meu filho que nos acompanhava de longe por intermédio de mensagens trocadas por “torpedos” no celular, de que outra forma eu poderia estar me sentindo naquele universo tão bonito, risonho e acolhedor? 

("De que outra forma eu poderia estar me sentindo?" - arq. pessoal)
        Descemos do ônibus de turismo no final da tarde sob um sol escaldante de perfis ribeirão-pretanos e, logo em frente ao nosso ponto final, no Mercado Municipal, fomos almoçar e matar a sede antes de seguirmos e nos determos demoradamente em cada ponto específico pelos quais havíamos passado.  

("E fomos matar a sede no Mercado Municipal" - arq. pessoal)

RP, 02dez12