"The singing butler" - Jack Vettriano, 1992
fonte: http://graphics8.nytimes.com/images/2006/02/23/arts/lyall2.650.jpg
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Para o Tunico
Um amigo me escreve e diz que
está cansado. Que dorme pouco; que seu cachorro late ao invés de fazer
"festinha" quando ele chega em casa; que a namorada já nem mais pergunta se ele vai voltar cedo; que não teve tempo de visitar os filhos recém-nascidos dos amigos;
que as olheiras estão enormes; que se arrasta pelas escadas do prédio
onde mora; e, ainda, que tem de ouvir, com frequência, as pessoas lhe dizerem: "Que ressaca,
hein?!?!"
E esse amigo me pergunta o que fazer.
Bom... claro que cada um tem sua receita. E, certamente, nenhuma é igual à outra.
Mas tudo isso só tem uma explicação: tempo, compromissos, responsabilidades, escolhas; vida.
A banda britânica "Supertramp" traduziu muito bem, em "The Logical Song", o ciclo da vida.
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Supertramp - "The logical song" (1979)
The Logical Song
When I was young It seemed that life was so wonderful A miracle, oh it was beautiful, magical And all the birds in the trees Well they'd be singing so happily Oh, joyfully, playfully, watching me But then they sent me away To teach me how to be sensible Logical, oh responsible, practical And they showed me a world Where I could be so dependable Clinical, intellectual, cynical There are times when all the world's asleep The questions run too deep For such a simple man Won't you, please, please, tell me what we've learned I know it sounds absurd But please tell me who I am Now watch what you say Or they'll be calling you a radical A liberal, oh fanatical, criminal Oh, won't you sign up your name We'd like to feel you're Acceptable, respectable, presentable, a vegetable At night when all the world's asleep The questions run so deep For such a simple man Won't you please, please tell me what we've learned I know it sounds absurd But please tell me who I am Who I am, who I am, who I am |
A Canção Lógica
Quando eu era jovem Parecia que a vida era tão maravilhosa Um milagre, era tão bonita, mágica E todos os pássaros nas árvores Estavam cantando tão felizes Alegres, brincalhões, me observando Mas aí fui mandado para longe Para me ensinar a ser sensato Lógico, responsável, prático E me mostraram um mundo Onde eu poderia ser muito seguro Clínico, intelectual, cínico Às vezes, quando todo o mundo dorme As perguntas se aprofundam Para um homem tão simples Por favor, me diga o que aprendemos Eu sei que soa absurdo Mas por favor me diga quem eu sou Agora cuidado com o que você diz Ou eles vão te chamar de radical Um liberal, fanático, criminoso Oh, você não vai assinar seu nome? Gostaríamos de sentir que você é Adequado, respeitável, apresentável, um vegetal! À noite, quando o mundo todo está adormecido As questões seguem muito profundas Para um homem tão simples Por favor, me diga o que aprendemos Eu sei que soa absurdo Mas por favor me diga quem sou eu Quem sou eu, quem sou eu, quem sou eu |
Da minha parte, digo ao meu amigo que ele não é o único a fazer perguntas para se conhecer, para compreender o homem, e para reavaliar escolhas. Ainda bem que as faz.
Volta e meia somos todos tomados pela mesma necessidade de buscar respostas. Todos nós! Veja só a letra de "The logical song"! Ela não fala justamente disso?
Pensando no meu amigo, raciocino. Apesar dos pesares há sempre um outro lado para o qual precisamos olhar. Espero que ele o considere e que consiga dosar as porções das atividades escolhidas - na proporção que só a ele cabe definir. Acima de tudo, espero que ele não se esqueça de que o essencial nos é dado de graça. E ainda: que dance com alegria a canção natural da vida, fazendo com que tudo lhe valha à pena... Afinal, o meu amigo sempre soube fazer ótimas escolhas - e por isso sei que sua alma não é - nem nunca foi - pequena!
Volta e meia somos todos tomados pela mesma necessidade de buscar respostas. Todos nós! Veja só a letra de "The logical song"! Ela não fala justamente disso?
Pensando no meu amigo, raciocino. Apesar dos pesares há sempre um outro lado para o qual precisamos olhar. Espero que ele o considere e que consiga dosar as porções das atividades escolhidas - na proporção que só a ele cabe definir. Acima de tudo, espero que ele não se esqueça de que o essencial nos é dado de graça. E ainda: que dance com alegria a canção natural da vida, fazendo com que tudo lhe valha à pena... Afinal, o meu amigo sempre soube fazer ótimas escolhas - e por isso sei que sua alma não é - nem nunca foi - pequena!
Au revoir!