sexta-feira, 15 de abril de 2016

UM POEMA SOBRE A TERRA


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(Vinícius e Toquinho, deles, "As cores de Abril")



Esta árvore,
 um poema sobre a terra.
Entre nós, uma cumplicidade:
nós nos vemos todos os dias.
Sua existência embeleza a cidade.

Mesmo quando não florida, 
a lembrança de suas cores alegra o meu dia.


Seu endereço: Avenida Independência, entre as Avenidas Nove de Julho e Prof. João Fiúsa.

(A árvore florida no mês de Abril - Foto: arq. pessoal)

quinta-feira, 14 de abril de 2016

BRASÍLIA E OS DESTINOS DA NAÇÃO


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(Martinho da Vila - "Aquerela brasileira", de Silas de Oliveira)


"Deste planalto central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino." 
(Juscelino Kubitscheck)


Senhores Deputados, Senhores Senadores, Senhores Ministros do Supremo, Senhores Ministros de Estado, Senhora Presidente da República:

Em suas decisões, espelhem-se nos pioneiros que ergueram nossa capital...

("Monumento aos Candangos" - Praça dos Três Poderes, Brasília. foto: arq. pessoal)

Lembrem-se daqueles que de todas as formas possíveis de locomoção, com pureza de ideais, com simplicidade e determinação, chegaram ao planalto central para erguer "um novo Tempo", construir uma nova civilização...

Seu objeto de cobiça não era ouro ou diamantes... Seus anseios eram pela construção de uma cidade "muito branca e muito pura"...

pura em propósitos,
pura em graça,
pura em modelos de justiça e perfeição.

Que pudesse inaugurar um novo tempo, uma nova aurora, um novo país,

fundado em valores que dignificam o homem... 
construído na convivência harmônica entre seus habitantes,
servindo de farol a espalhar virtudes para toda a nação.

Senhores Deputados, Senhores Senadores, Senhores Ministros do Supremo, Senhores Ministros de Estado, Senhora Presidente da República:

Não quero que ninguém em nenhum lugar no mundo zombe de mim e do meu país. De seus gestos e de suas decisões espero, amanhã, poder voltar os olhos para a minha terra e sentir orgulho do que foi feito em nome dos pioneiros, em meu nome, em nome do povo brasileiro, em nome da obediência à ética e à moral na gestão das coisas públicas... Quero, então, com orgulho no peito, cabeça erguida e brilho nos olhos, poder afirmar em todos os cantos do planeta que no Brasil as instituições são respeitadas; que há aqui gente que trabalha e constrói com honestidade; que o meu país é tão rico em virtudes e valores dignificantes quanto o é em belezas e recursos naturais - os quais alimentam o mundo. 

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("Sinfonia da Alvorada" - Vinícius e Tom: trechos)

sábado, 9 de abril de 2016

OLHANDO PARA O CÉU


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("Sukiyaki" - 1963 - composta por Rokusuke Ei e Hachidai Nakamura)

     Em 1963 uma música japonesa ficou mundialmente conhecida...

     Hoje de manhã, ainda deitado, entrei no facebook e me deparei com uma reflexão do meu amigo F.R. Ele lamenta por não olharmos mais para o céu; por termos trocado as estrelas pelas informações contidas nos aparelhos celulares - em outras palavras, ele diz que ao invés de erguermos nossa cabeça nós a baixamos. Lembrando que os antigos encontravam seus caminhos mirando as estrelas, ele conta que ainda curte olhar para o céu. 

     Gostei da postagem... Talvez os caminhos mais significativos em nossas vidas sejam aqueles ditados pelo instinto, aqueles que não podem ser detectados pelos programas de celular. Parece-me que nossos caminhos passaram a ser direcionados apenas para o imediato; que têm sido ditados por programas de celular que, apesar de práticos, e por sua irracionalidade, não têm a capacidade humana de ir além...


étoile filante dans le ciel du Jura
(fonte: http://www.europe1.fr/sciences/les-plus-belles-photos-de-ciel-etoile-2193127)


     Meu amigo FR está certo. Talvez precisássemos olhar mais para o céu; talvez precisássemos identificar nele estrelas que pudessem nos ajudar a nos guiarmos pelos nossos instintos. Talvez, olhando para o céu, a gente consiga fazer com que nossos programas de celular transcendam, e que possamos programá-los melhor para para que nosso projeto de vida vá muito além de um futuro próximo e imediato...

     Em 1963 uma música japonesa ficou mundialmente conhecida... 

     E eu, menino, olhava para o céu...

     Com esse título ("Olhando para o céu") essa música foi vertida para o português. Em 1964 foi gravada aqui no Brasil pelo Trio Esperança... e fez muito sucesso. 

     Ao ler a reflexão do meu amigo lembrei-me dela - e lembrei-me de mim.

(CLIQUE NA SETA PARA OUVIR A VERSÃO EM PORTUGUÊS)
(Trio Esperança - "Olhando para o céu" - versão de Romeo Nunes para "Sukiyaki")


SUKIYAKI (tradução)

Eu ando olhando para cima
Para que as lágrimas não caiam
Relembrando aqueles dias de primavera
Mas esta noite estou só

Eu ando olhando para cima
Contando as estrelas com olhos lacrimejados
Relembrando aqueles dias de verão
Mas esta noite estou só

A felicidade esta além das nuvens
A felicidade esta acima do céu

Eu ando olhando para cima
Então as lágrimas não caem
Embora elas aumentem enquanto caminho
Por esta noite estou só
(assobio)
Relembrando aqueles dias de outono

Mas hoje noite estou só
A tristeza esta na sombra das estrelas
A tristeza esta a espreita na sombra da lua

Eu ando olhando para cima
Então as lágrimas não caem
Embora elas aumentem enquanto caminho
Por esta noite estou só
OLHANDO PARA O CÉU (versão)

Olhando para o Céu
Eu sigo a caminhar
Onde estará o meu amor em que estrela está
Todo este bem que eu perdi
E que em vão tento encontrar

Olhando para o céu
Estrelas me dirão que é bom sonhar
Ter alguém que sonhar faz bem
Que até nos céus fazem par
Os meus sonhos e os teus

Há no meu olhar uma lágrima triste
Que não quer deixar que eu me esqueça de alguém

E eu sigo a caminhar, tentando não chorar
Quero encontrar numa estrela esse alguém meu bem
Que eu tanto amei que se foi
E que um dia há de voltar

Há no meu olhar uma lágrima triste
Que não quer deixar que eu me esqueça de alguém

E eu sigo a caminhar, tentando não chorar
Quero encontrar numa estrela esse alguém meu bem
Que eu tanto amei que se foi
E que um dia há de voltar

E que um dia há de voltar




quarta-feira, 6 de abril de 2016

ROMY*


(CLIQUE NA SETA PARA OUVIR ENQUANTO LÊ)
("La Chanson d'Helène" - Romy Schneider)


     Eu havia guardado sua imagem... a lembrança da casa de campo, "a piscina"**... os cabelos lisos, claros, molhados, o sorriso cheio de vida. Reinava. Sua pele era luz no contraste com o biquíni escuro. Sorria. E, sorrindo, seus olhos se amiudavam. 


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**(Romy Schneider em "A Piscina" - Dir. Jacques Deray, 1969 - http://www.novevite.com/blog/LA_PISCINA)


     Senti saudades e resolvi revê-la. Tinha os cabelos presos, olhos claros, lábios grossos... o corpo enrolado em uma toalha de banho... os óculos, o olhar para trás diante da máquina de escrever... o mundo todo trancado atrás de uma grade de ferro e uma janela de vidro. A vida ainda lhe sorria em "as coisas da vida"*** - onde a reencontrei.

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***(Romy Schneider, em "Coisas da Vida" - Dir. Claude Sautet, 1970 - http://puppeleromy.canalblog.com/archives/9__film_les_choses_de_la_vie/index.html)

     E ela também sorria. Mas seus sorrisos distanciavam-se da sua natureza...

     Apesar de sua beleza e do encanto do seu sorriso, a felicidade andava distante. Foi imperatriz, atravessou fronteiras, internacionalizou-se, foi símbolo, foi mãe. Casou-se, separou-se, conviveu, sofreu perdas trágicas de entes que lhe eram muito próximos... ex-marido, filho... desencontrou-se. Dependente de medicamentos para combater os males da vida, tornou-se depressiva e insegura. Passou a ser evitada; tornara-se um incômodo. Antes que o álcool e as drogas pudessem levá-la, aos 43 anos de idade o coração o fez.

     Mesmo assim, sempre que ela reaparece na minha tela ainda é a mesma. Quando a revejo reencontro a Romy Schneider que aprendi a gostar; a mesma atriz com sua graça, seus encantos, sua jovialidade... e sua dor de viver. 

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*Romy Schneider (1938-1982), nome artístico de Rosemarie Magdalena Albach - atriz nascida na Áustria.