Helpless (Neil Young)
There´s a town in north Ontario With dream comfort memory
despair And in my mind I still need a
place to go All my changes were there
Blue, blue windows behind the
stars Yellow moon on the rise Big birds flyin´across the sky Throwin´ shadows on our eyes Leave us
Helpless, helpless, helpless Well, babe, can you hear me
now? The chains are locked and tied across my doors Baby, baby, sing with me
somehow
Blue, blue windows behind the
stars Yellow moon on the rise Big birds flyin´across the sky Throwin´shadows on our eyes Leave us
Helpless, helpless, helpless Helpless, helpless, helpless Helpless, helpless, helpless Helpless, helpless, helpless
Helpless, helpless, helpless |
Desamparados
Há uma cidade no norte de Ontário Com conforto e sonhos e
memórias e desespero E na minha cabeça, eu ainda
preciso de um lugar para ir Todas as minhas mudanças estavam
lá
Azuis, janelas azuis atrás das
estrelas A lua amarela vai subindo Pássaros grandes cruzam o céu Jogando sombras sobre os nossos
olhos E nos deixam...
Desamparados, desamparados,
desamparados Meu bem, agora você me ouve? As correntes estão trancadas e
presas sobre as minhas portas Meu bem, meu bem, dê um jeito,
mas cante comigo
Azuis, janelas azuis atrás das
estrelas A lua amarela vai subindo Pássaros grandes cruzam o céu Jogando sombras sobre os nossos
olhos E nos deixam...
Desamparados, desamparados,
desamparados Desamparados, desamparados, desamparados Desamparados, desamparados,
desamparados Desamparados, desamparados,
desamparados
Desamparados, desamparados,
desamparados |
Minha intenção é publicar aqui as coisas que leio, vejo, penso ou observo, e que me fazem sentir que acrescentam. Afinal, as coisas só se tornam inteiramente bonitas quando podem ser compartilhadas e se mostram repletas de significados comuns.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
HELPLESS
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
E ENTÃO, O QUE DIZ A SUA OBRA?
- ... veja o Van Gogh, por exemplo. Pobretão, solitário, dependente do irmão, carente, um jeito meio maluco...
Esse juízo a respeito do artista, contudo, é proveniente de uma lógica muito simplista. Incompleta, moldada por um olhar desatento e superficial, ela traduz a visão de quem não enxergou, de quem permaneceu distante.
Ao nos aproximarmos de Van Gogh, ao procurarmos ler a sua alma exposta em sua obra, nós nos deparamos com um homem bonito, visitamos seus apegos. Para ele, penso eu, não foi nada fácil suportar a cegueira que reinava ao seu redor.
Ao pensar na história de vida de van Gogh, sinto que não posso permanecer distante daquele a quem observo, se quero conhecê-lo bem. Chegar mais perto e "mergulhar", é a única maneira de compreender as mensagens de amor - ou desamor - emitidas por alguém.
Nossas manifestações, nossos posicionamentos, nossas palavras, são o retrato fiel daquilo que somos: apaziguadores ou beligerantes? agregadores ou segregacionistas? compreensivos ou radicais? interessantes ou desprezíveis? inspiradores ou vazios? Não sei, somente olhos e corações atentos podem tentar avaliar o que procuram compreender...
- Mas.... e você, consegue ler a obra que produz?
Pensando bem....
- Que bobagem! Para que alguém iria querer gastar seu precioso tempo investigando aquilo ou aquele "que diz tudo em poucas palavras", ou que "dá o recado" em uma única imagem, ou ainda que consegue tirar suas conclusões por uma simples leitura?
Quanto a mim, não consigo permanecer indiferente às publicações e às mensagens daqueles que me são próximos, ou daqueles a quem fui movido a querer conhecer. Elas me afetam. Elas mexem comigo. Elas me transformam. Elas me contam o que há na mente e no coração do autor. Elas têm o poder de promover o meu desejo de aproximação ou de afastamento daquele que a tornou pública. Dedico algum tempo para ir além da simples leitura dos textos que chegam aos meus olhos. Quero compreender a obra. Minha vontade é de que venha desprovida de juízos superficiais e destrutivos; de que promova aproximação; que propague uma mensagem de paz, do mais profundo sentimento de amor e compreensão por tudo e por todos... pois que tudo e todos merecem compreensão - e uma boa dose de compaixão.
No final, porém, percebo que a tendência de querer olhar além nos coloca cada vez mais sozinhos.
- Mas, e então? E você, já parou para pensar no que diz a sua própria obra?
Vincent (Don McLean)
Starry, starry night Paint your palette blue and gray Look out on a summer's day With eyes that know the darkness in my
soul
Shadows on the hills Sketch the trees and the daffodils Catch the breeze and the winter chills In colors on the snowy linen land
Now I understand What you tried to say to me And how you suffered for your sanity And how you tried to set them free
They would not listen, they did not
know how Perhaps they'll listen now
Starry, starry night Flaming flowers that brightly blaze Swirling clouds in violet haze Reflect in Vincent's eyes of china
blue
Colors changing hue Morning fields of amber grain Weathered faces lined in pain Are soothed beneath the artist's
loving hand
Now I understand What you tried to say to me And how you suffered for your sanity And how you tried to set them free
They would not listen, they did not
know how Perhaps they'll listen now
For they could not love you But still your love was true And when no hope was left in sight On that starry, starry night
You took your life, as lovers often do But I could've told you Vincent This world was never meant for One as beautiful as you
Starry, starry night Portraits hung in empty halls Frame-less heads on nameless walls With eyes that watch the world and
can't forget
Like the strangers that you've met The ragged men in ragged clothes The silver thorn of bloody rose Lie crushed and broken on the virgin
snow
Now I think I know What you tried to say to me And how you suffered for your sanity And how you tried to set them free
They would not listen, they're not
listening still Perhaps they never will |
Vincent
Estrelada, noite estrelada Pinte sua paleta de azul e cinza Olhe os dias de verão lá fora Com olhos que conhecem a escuridão da
minha alma
Sombras nas colinas Esboce as árvores e os narcisos Sinta a brisa e os arrepios do inverno Nas cores da terra coberta de neve
Agora eu entendo O que você tentou me dizer E como você sofreu por sua sanidade E como você tentou libertá-los
Eles não te ouviam, não sabiam como Talvez agora eles te ouçam
Estrelada, noite estrelada Flores flamejantes que brilham em
chamas Nuvens que giram na neblina roxa Refletem nos olhos azuis de Vincent
Cores mudando de tom O amanhecer nos campos de grãos âmbar Rostos cansados e marcados pela dor São suavizados pelas mãos carinhosas
do artista
Agora eu entendo O que você tentou me dizer E como você sofreu por sua sanidade E como você tentou libertá-los
Eles não te ouviam, não sabiam como Talvez agora eles te ouçam
Pois eles não conseguiam te amar Mas mesmo assim seu amor era
verdadeiro E quando não havia mais esperança Naquela noite estrelada
Você tirou sua vida, como amantes
costumam fazer Mas eu poderia ter dito a você,
Vincent Esse mundo não foi feito Para alguém maravilhoso como você
Estrelada, noite estrelada Retratos pendurados em paredes vazias Cabeças sem porta-retratos em paredes
sem nomes Com olhos que observam o mundo e não
esquecem
Como os estranhos que você conheceu Os homens arrasados com roupas
esfarrapadas O espinho prateado de uma rosa
sangrenta Esmagado e quebrado na neve virgem
Agora eu acho que entendo O que você tentou me dizer E como você sofreu por sua sanidade E como você tentou libertá-los
Eles não te ouviam, e ainda não ouvem Talvez nunca ouçam |
terça-feira, 9 de novembro de 2021
A CASA DE ANÍBAL
Em um encontro recente com um grupo de amigos, comentamos "Viagem aos seios de Duília" (1944) - conto de Aníbal Machado*. Na oportunidade, além de comentarmos o texto literário, falamos também da consideração que o Aníbal Machado tinha pelos seus amigos. Sua consideração era tamanha - e declarada -, que costumava dedicar a eles os contos que escrevia. Assim, por exemplo, "O iniciado do vento" foi dedicado a João Cabral de Melo Neto; "Viagem aos seios de Duília", a Carlos Drummond de Andrade; "O desfile de chapéus", a Rubem Braga; "O acontecimento em Vila Feliz", a Rachel de Queiroz**.
Aníbal Machado adorava receber amigos em sua casa, na Rua Visconde de Pirajá, 487, no Rio de Janeiro. Sua casa era, então, um ponto de encontro de intelectuais. Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Di Cavalcanti, Portinari, Otto Lara Rezende, Rubem Braga, João Cabral de Melo Neto, Moacyr Scliar e Tônia Carrero, dentre tantos, eram alguns de seus frequentadores.
Aníbal Machado foi um grande articulador cultural. Inspirou muita gente a escrever, publicar, montar grupos e peças teatrais. Publicou pouco: um ensaio sobre cinema, alguns contos, um livro de reflexões filosóficas ("Cadernos de João") e, postumamente, por iniciativa de uma de suas filhas, o romance "João Ternura".
Otto Maria Carpeaux***, em "Presença de Aníbal"****, assim se refere a ele:
"(...) um homem trepidante, falando com velocidade de fígaro, temperamento exuberante, pedindo notícias, dando notícias, espalhando ideias, sugestões, um grande conversador, não aparenta sua idade, parece um jovem entusiasmado pelas letras, pela poesia, pelo teatro, pelo cinema, seu riso contamina a gente, é uma mocidade eterna e assim o guardamos para sempre na memória (...)."
Ainda há pouco, relendo "Balada em prosa de Aníbal Machado", em texto de Carlos Drummond de Andrade*****, uma descrição de sua casa, que já não existe mais, reabriu para mim os seus portões - e os portões de tantas outras casas tais, que visitei.
- Casas assim, como a de Aníbal, tão cheias de vida e inspiração, não poderiam desaparecer - nem as casas, nem os "Aníbais".
Eis então que, passeando pelas páginas de "João Ternura", vi-me à porta do imóvel da Rua Visconde do Pirajá, 487, em um Rio de outros tempos. Passei pelos portões, atravessei os jardins, troquei passos curtos, entrei e procurei ouvir o distinto morador...
- Não, não era assim, vazia, que Aníbal gostava de ver sua casa...
Hoje, sua casa está nos alicerces de um enorme edifício, ou muito acima de seu terraço. Imaterializada em seu piso desmanchado, limitada por paredes sem tijolos, arejada por janelas derrubadas, e protegida pelo forro de madeira comido por traças, eu vos convido para que entrem nesta casa que ninguém mais vê... e também para que procurem ouvir as animadas conversas que ficaram guardadas em suas estruturas que não existem mais...
_____________________________
*Aníbal Machado (1894-1964) escritor, professor e crítico de arte
**Contos publicados em "A morte da porta-estandarte e Tati , a Garota, e outras histórias" (Ed. José Olympio, 5. ed., 1973)
**publicado na apresentação de "João Ternura" (Ed. José Olympio, 3.ed., 1976)
*** Otto Maria Carpeaux, (1900-1978) - Nascido Otto Karpfen, foi jornalista, ensaísta, crítico literário, de arte e de música, historiador literário, nasceu em Viena, Áustria, e naturalizou-se brasileiro.
****Texto publicado na apresentação de "João Ternura" (Ed. José Olympio, 3.ed., 1976, p.XIII)
*****publicado na apresentação de "João Ternura"
sábado, 30 de outubro de 2021
O GRANDE CLANDESTINO (Aníbal Machado)
(Em pesquisa recente a respeito do escritor mineiro Aníbal Machado (1894-1964), movido pelo seu conto "Viagem aos seios de Duília", encontrei, em "Cadernos de João" - seu livro de reflexões sobre temas variados -, o seguinte texto a respeito do tempo. Quero guardá-lo aqui, em meu blog, para nunca mais esquecer-me dele).
O grande
clandestino
Eu me distraio
muito com a passagem do tempo.
Chego às vezes a
dormir. Durmo meses e anos. O tempo então aproveita e passa escondido. Mas que
velocidade!
Basta ver o
estado das coisas depois que desperto: quase todas fora do lugar, ou
desaparecidas; outras, com uma prole imensa; outras ainda, alteradas e
irreconhecíveis. Se durmo de novo e acordo, repete-se o fenômeno.
Sempre pensei
que o tempo fizesse tudo às claras. Oh, não!
Eu queria
convidá-los a assistir ao que ele tem feito comigo. Mas é espetáculo todo
íntimo e não disponho de tribunas.
Além do mais, o
tempo em pessoa é praticamente invisível, como a ventania. Só se pode apreciar
o resultado de seu trabalho, nunca a sua maneira de trabalhar.
O que é preciso
é nunca dormir e ficar vigilante para obrigá-lo ao menos a disfarçar a
evidência de suas metamorfoses.
É de fato penoso
deixar de ver as coisas tais como as vimos a primeira vez. O tempo tudo transforma
e arrasa, sem nos dar aviso.
Ora. Isso
entristece. Isso nos deixa intranquilos. A não ser que nos misturemos com ele,
façamos dele um aliado.
Aí, sim:
destruição e reconstrução se confundem. Sacos e sacos vão se enchendo e
esvaziando toda a vida. Perde-se até a ideia da morte. Então a gente aproveita
para erigir sistemas, tomar iniciativas, amar, lutar e cantar.
O tempo fica
assim tão escondido dentro de nós, que se tem a impressão que fugiu para sempre
e se esqueceu.
Em verdade, ele
não repousa nunca. Nem mesmo nas pirâmides. Nem nos horizontes onde parece
pernoitar.
Rói as pedras
como o vento, rói os ossos como um cão. O que mais admira é a extrema
delicadeza com que pratica essas violências.
Todos falam de
sua impassibilidade. Não é bem isso. Tanto assim que aumenta de velocidade, à
medida que nos distanciamos de nossas origens. E quase para quando o esperamos
na solidão!
Meu mal é
sentir-lhe a passagem como a de um animal na noite. Chego quase a tocá-lo. Fico horas à janela vendo-o passar. É um vício.
Oh, como se
diverte! Para ele, destruir uma árvore, um rosto, uma instituição, uma catedral
– tanto faz.
O desagradável é
quando de repente se retira de algum objeto ou de alguém. É claro que prossegue
depois. Mas deixa sempre uma coisa morta...
Franqueza, nessa
hora dá um aperto no coração, uma nostalgia!...
Contudo não se
deve ligar demasiada importância ao tempo. Ele corre de qualquer maneira.
E é até possível
que não exista.
Seu propósito
evidente é envelhecer o mundo.
Mas a resposta
do mundo é renascer sempre para o tempo.
(Aníbal Machado, in "Cadernos de
João")
terça-feira, 21 de setembro de 2021
A ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
Quando o mundo se viu diante do holocausto, na Segunda Guerra Mundial, os líderes de 51 países reuniram-se em Chicago e fundaram a Organização das Nações Unidas - ONU.
Antes disso, ao final da Primeira Guerra Mundial, em 1919, uma organização com o mesmo perfil da ONU havia sido criada: a Liga das Nações. Seu objetivo principal era tornar-se um fórum, onde representantes das nações participantes pudessem discutir e propor soluções diplomáticas e eficazes para a resolução de conflitos em todo o mundo. Porém, a Liga das Nações fracassou em seus propósitos. Por ausência de respaldo popular, inclusive, ela não conseguiu conter a deflagração de uma outra grande guerra: a Segunda. Assim que, pelo seu fracasso, a Liga das Nações foi substituída em seus propósitos pela Organização das Nações Unidas - a ONU.
Fundada em 24/outubro/1945, a ONU tem por finalidade colocar-se como um centro de debates das grandes questões da humanidade, direcionando propósitos para a busca de soluções diplomáticas para eventuais conflitos, ou para evitar sua ocorrência.
Questões, tais como as relações entre os países, os valores universais (paz, saúde, vida, segurança, alimento, liberdade, dignidade), aquecimento global, fome, destruição de recursos naturais, conflitos pelos mais diversos motivos (armados ou não), corrupção, instabilidade política, escassez de água, poluição de rios, emissão de gases poluentes, enfim, problemas que afetam diretamente toda a humanidade, podem e devem ser discutidos de forma civilizada na ONU, de tal forma a se encontrar uma solução pacífica para afastá-los.
Ontem, 21/09/21, em Nova Iorque, reuniu-se a Assembleia Geral da ONU. Pela televisão, vi e ouvi manifestações que me causaram desesperança. Percebi que há representantes de grandes nações que ainda não entenderam quais são os objetivos da ONU; que não sabem para quê devem fazer uso da palavra. Há líderes que foram à Assembleia Geral para, além de experimentarem da pizza nova-iorquina, comentarem exclusivamente sobre suas plantas e os seus jardins ressecados, sem se atentarem para o mundo, a partir de suas próprias janelas. Manifestando de tal forma, demonstraram que não sabem compreender que as suas águas, as suas flores, os seus perfumes e a sua gente, estão inseridos em um universo muito maior.
Ao ouvir ontem, na ONU, discursos e manifestações impertinentes e fora do foco específico, sem (ao que parece) as devidas instruções dos agentes dos respectivos órgãos internos competentes (isso conseguiria conter impulsos de certos representantes?), fico pensando na pequenez humana dos que ainda não compreenderam que o problema de um, no contexto da ONU, é problema de todos.
Pela continência formal, palmas para Biden.
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
"UNO"
Ninguém precisa se interessar pelos assuntos e manifestações que me interessam. Para quê, então, falar disso? Afinal, cada um tem seus próprios interesses.
Acontece que, de vez em quando, a gente fica parado no meio do nada, e fica procurando se livrar de pensamentos que também nada acrescentam. Em assim sendo, acabo por dizer essa tremenda inutilidade: "gosto de tangos."
Como diria minha amiga Cidinha, "pronto, falei!"
- E daí?
Bom. Gosto da “pegada” do tango, das “punhaladas” do bandoneón, das frases as vezes longas, às vezes curtas do violino, e do piano saltitante com pitadas de classe e determinação. O par, homem e mulher, garbosos e compenetrados... os passos, avanços e recuos, miradas de canto de olho... vestido longo com abertura lateral... sensualidade...
Canto mentalmente um trecho do tango "Uno":
- “uno busca lleno de esperanzas el camino que los sueños prometieron a sus ansias... “.
Penso:
O Manuel Bandeira precisou que seus pulmões, um dia, se transformassem em foles de bandoneón. E eu sinto que os meus, nesse instante, precisam passar por essa mesma transformação.
- Um tango... e mais um.... e outro.... e todos os tangos.... para que a respiração atinja a perfeição!