"Double Fantasy" -capa do disco- John Lennon e Yoko Ono - foto: http://jasobrecht.com/wp-content/uploads/2013/05/doublefantasy.jpg
Tenho amigos a quem dedico consideração e carinho por uma vida inteira. E em momentos especiais essa coisa da amizade fica muito intensa, deixa lembranças que nos acompanham para sempre. É uma soma de afinidades, cumplicidade, admiração, alegrias e tristezas comuns.
Pois foi no final do ano de 1980. Fui para Guará. As últimas férias da Universidade antes de concluir a graduação. Cheguei ali um tanto entristecido, apesar do entusiasmo por paixões explosivas e imaturas da época.
A notícia do assassinato do John Lennon, em 08 de dezembro daquele ano, significava muito para mim e para meu grupo de amigos. Significava uma perda de “um dos nossos”, uma grande perda. Eu sentia a necessidade de ouvir e de falar disso com todos eles, com todos os meus amigos. À partir dali, do John Lennon, não haveria mais nenhum disco novo, nenhuma música nova, nada inédito... ponto... fim.
Deixei minhas coisas em casa e logo saí. Saí andando sozinho pela calçada, sem rumo certo, num profundo vazio de quem não sabia onde ir. Mas logo um vizinho, a quem cumprimentei no portão de sua casa, contou-me que naqueles dias um contemporâneo meu de ginásio havia montado um barzinho e precisava de algo que fizesse do local um ponto de encontro. Conversei, despedi-me, e continuei andando em frente. Chegando na esquina de casa, olhando para o outro lado da rua, ao lado do cinema, vi esse barzinho, e nele os meus amigos Márcio, Daniel, Manu, Marquinho, Quim, Zé Américo, e muitos outros: os beatlemaniacos da cidade. Todos ali, ao redor de uma mesa, cantando e alegrando o bar do JJ. Lembro-me do quanto fiquei contente ao ver o Manu, de violão nos braços, cumprimentando-me com o olhar, e ao mesmo tempo me dizendo, com o mesmo olhar, que eu me sentasse para podermos cantar juntos. E, por sugestão do Daniel, externamos nossa amizade cantando bem alto “It’s only Love”, dos Beatles (“I get high when I see you go by, my oh my…”). A partir daí muitas horas, muitas músicas, muita cerveja... uma madrugada inteira... Em especial, e pelas circunstâncias da morte recente do John Lennon, tocamos, cantamos e dançamos inúmeras vezes “(Just like) Starting Over”...
Deixei minhas coisas em casa e logo saí. Saí andando sozinho pela calçada, sem rumo certo, num profundo vazio de quem não sabia onde ir. Mas logo um vizinho, a quem cumprimentei no portão de sua casa, contou-me que naqueles dias um contemporâneo meu de ginásio havia montado um barzinho e precisava de algo que fizesse do local um ponto de encontro. Conversei, despedi-me, e continuei andando em frente. Chegando na esquina de casa, olhando para o outro lado da rua, ao lado do cinema, vi esse barzinho, e nele os meus amigos Márcio, Daniel, Manu, Marquinho, Quim, Zé Américo, e muitos outros: os beatlemaniacos da cidade. Todos ali, ao redor de uma mesa, cantando e alegrando o bar do JJ. Lembro-me do quanto fiquei contente ao ver o Manu, de violão nos braços, cumprimentando-me com o olhar, e ao mesmo tempo me dizendo, com o mesmo olhar, que eu me sentasse para podermos cantar juntos. E, por sugestão do Daniel, externamos nossa amizade cantando bem alto “It’s only Love”, dos Beatles (“I get high when I see you go by, my oh my…”). A partir daí muitas horas, muitas músicas, muita cerveja... uma madrugada inteira... Em especial, e pelas circunstâncias da morte recente do John Lennon, tocamos, cantamos e dançamos inúmeras vezes “(Just like) Starting Over”...
(John Lennon - "(Just like) Starting Over")
Nessa noite de tristezas e alegrias reencontramo-nos todos ali, num congraçamento de amizade, de amigos de uma vida toda. Entre abraços, palmas e emoção, na letra e na melodia de cada música, com toda nossa simplicidade, o sentimento era de que estávamos dando uma nova vida a um ídolo que já havia partido... e movimentando o bar do JJ.
Adorei, apesar da circustância, esta sua memória. É sempre bom saber das suas lembranças, principalmente dessa época tão boa! Ah, e aliás, adoro esta música, e é sua culpa!
ResponderExcluirto achando muito bom escrever aqui as coisas que fizeram e fazem parte da minha história de vida... também aprendo com você... Afinal, quando é que vamos voltar a tocar juntos ? Beijo.
ResponderExcluirQue momento maravilhoso, de pura nostalgia, hein?!?!?! Senti daqui da Bahia a sua alegria naqueles remotos anos. Abraços, Alba.
ResponderExcluirOi Elias, bom dia!
ResponderExcluirFiquei muito feliz com a sua visita a meu blog.
Escrevo nele com muito amor e carinho e aproveito pra por em prática a atividade jornalística tão querida que ainda está no comecinho.
Seu blog é um capricho também, e sempre estarei passando por aqui para dar um oi.
Abraços!