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("C'est la vie" - Emerson, Lake & Palmer)
"C'est la vie"
Pelo retrovisor do meu carro vejo o mundo que vai passando: árvores, casas, semáforos, motocicletas... coisas e pessoas que vão ficando para trás, perdendo-se no tempo, encontrando morada no meu coração.
("Olhando pelo retrovisor" - 04abr2012 - arq. pessoal)
Houve um tempo em que eu olhava pelo retrovisor para seguir em frente, e apenas cuidava para que os veículos pudessem se aproximar com segurança.
Depois meus olhos passaram a ser exclusivos para o banco de passageiro.
Mais tarde nossos olhares passaram a olhar pelo retrovisor... Riamos dos risos, das perguntas e da admiração que vinham das vidas que estavam lá, no banco de trás do meu carro.
Depois meus olhos passaram a ser exclusivos para o banco de passageiro.
Mais tarde nossos olhares passaram a olhar pelo retrovisor... Riamos dos risos, das perguntas e da admiração que vinham das vidas que estavam lá, no banco de trás do meu carro.
("No banco de trás" - nov1991 - arq. pessoal)
No banco de trás o futuro um dia ia chegar: festas, amigos, bicicleta, intercâmbio de estudos, universidade, carro... um mundo novo pulsando forte.
Paro o carro.
Olho pelo retrovisor sem me atentar para os veículos que se aproximam. No banco de trás viaja o que, materialmente, ali está: uma caixa velha de papelão, um chapéu Panamá que ganhei em um Natal, uma garrafa de plástico vazia, e um jornal que trás notícias pelas quais não me interesso.
“Dou seta” e, sorrindo feliz pelo futuro que chegou, reinicio o movimento do carro.
Com o futuro presente, cheio de alegrias, tropeços e descobertas que viviam contidas nas expectativas daquilo que poderia brotar do banco de trás do meu carro, sigo em frente... e carrego no meu coração três sorrisos carinhosos e gostosos que estão sempre comigo, que me dão alento, e que estão nos bancos de passageiro e de trás do meu carro.
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