Ficou um banco na praça.
Testemunha dos anos, de lá, com o olhar, atravessava as paredes - que não enxergava... Ia além delas. Atravessava ruas, cidades e oceano, até tornar-se menino em alguma aldeia sofrida no Oriente Médio - de onde veio.
Testemunha dos anos, de lá, com o olhar, atravessava as paredes - que não enxergava... Ia além delas. Atravessava ruas, cidades e oceano, até tornar-se menino em alguma aldeia sofrida no Oriente Médio - de onde veio.
(Hussein no banco da praça - fonte: Lucas Amauri, postada no facebook)
Foi-se o tempo, foi-se a aldeia, foi-se o menino, foi-se o homem: foi-se o Hussein - o "Beduíno".
"Quem contará sua história?"
Não deixou parentes, não deixou filhos; somente um banco vazio no canto da praça.
Hoje, no final da tarde, por ali transitarão apressados os automóveis e as bicicletas; os pedestres caminharão pelas calçadas e os pardais pousarão delicadamente nos jardins. Lá do alto os sinos de São Sebastião badalarão, solenemente, convocando os fiéis para a inflexibilidade da vida.
Hoje, no final da tarde, por ali transitarão apressados os automóveis e as bicicletas; os pedestres caminharão pelas calçadas e os pardais pousarão delicadamente nos jardins. Lá do alto os sinos de São Sebastião badalarão, solenemente, convocando os fiéis para a inflexibilidade da vida.
(Hussein - Fonte: Dalva Altobelli Silveira, postada no facebook)
(Hussein - 01/fev/14 - seu último dia)
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