Sous un ciel plein de brume et de mélancolie"
Gosto de ouvir as gravações musicais do Waldick Soriano. Não, não foi o gênero musical adotado por ele que me cativou: foi a figura do artista - o Waldick, o "Frank Sinatra do Nordeste", o boêmio que levava consigo, em sofisticação ensaiada, toda a nossa indisfarçável carga de fragilidade.
Dos seus registros em vídeo, não me canso de rever o que foi feito em 2006, no Centro Cultural SESC Luiz Severiano Ribeiro, em Fortaleza. Verdadeiro, simples, humano: um baile popular fantasiado de requinte. Naquela comunhão popular eu gostaria de ter estado... com a cabeça transbordando de fantasias e de benevolências bêbedas; com a alma alegre e esperançosa... numa festa simples, pobre e vulgar, como pobres e vulgares somos todos nós...
Puxe uma cadeira, meu amigo; sente-se à mesa, encha o copo de amor e de banalidades. E ao ouvir o Waldick, comungue comigo das suas mais reservadas futilidades, e dos seus mais nobres anseios...
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