Há 32 anos, com 77 de vida, falecia no Rio de Janeiro o capixaba Rubem Braga. Introspectivo, observador e meio casmurro, escreveu crônicas saborosas, marcadas por simplicidade e lirismo. Meu primeiro contato com sua obra foi ainda no curso ginasial quando, em uma aula de Português, fui chamado para ler e analisar "A outra noite" - uma das crônicas escritas pelo Rubem Braga, indicada para estudo no livro didático que o professor havia adotado. Desde então o RB e o seu jeito leve e simples de escrever passou a ser, para mim, uma grande referência. Rubem Braga faleceu em 19 de dezembro de 1990, mas muitas das crônicas que escreveu ainda estão por ser reunidas em livro. Há pouco recebi a notícia de que sua cinebiografia "O voo da borboleta amarela", de Jorge Oliveira, filmado no Espírito Santo, no Rio, e em Braga (Portugal), foi proclamado vencedor de Melhor Documentário do 13º FesTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (Lisboa, de 09 a 14/dezembro/22).
Fico por aqui. Mas não posso deixar de dizer que a ansiedade já é grande para poder assistir ao filme e rever o "velho" Braga - que em sua maturidade, no filme, é interpretado por um ator brasileiro que, em 1950, levou ao teatro a crônica "Ai de ti Copacabana" (e esse ator ainda tem muito a nos contar).
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