sexta-feira, 22 de junho de 2012

AINDA HÁ SABIÁS NAS PALMEIRAS


(CLIQUE NA SETA PARA OUVIR ENQUANTO LÊ)

(Trecho do filme "Good Morning Vietnam" - Barry Levinson, 1987. Música "What a Wonderful World", Louis Armstrong, 1967)



"Ainda há sabiás nas palmeiras;
ainda há esperança no Brasil."
(Rubem Braga*)

     "What a Wonderful World", gravada em 1967 pelo Louis Armstrong, foi escrita para servir de antídoto contra preconceitos e perseguições nos Estados Unidos. Interessante observarmos que essa canção ajusta-se muito bem a qualquer país, em qualquer momento da História: sugere que o homem abra os olhos para a vida, que transforme-se e deleite-se com as coisas simples de cada dia.

     Veja só sua versão em português:


Que mundo maravilhoso!
(Bob Thiele/George David Weiss)

Eu vejo árvores verdes, rosas vermelhas também.
Eu as vejo florescer, para mim e para você.
E eu penso cá comigo:
Que mundo maravilhoso!

Vejo o céu azul e as nuvens brancas.
O dia claro e abençoado, a noite escura e sagrada.
E penso cá comigo:
Que mundo maravilhoso!

As cores do arco-íris, tão lindas no céu.
Também estão nas faces das pessoas que passam.
Vejo amigos se saudando, dizendo: - "como vai?
Na verdade eles estão dizendo: - "Gosto muito de você".

Ouço bebês chorando, eu os vejo crescer.
Eles aprenderão muito mais do que eu possa imaginar.
E penso cá comigo:
Que mundo maravilhoso!

Isso... eu penso comigo mesmo:
Que mundo maravilhoso!


     Portanto, meu amigo, minha amiga, não dá para simplesmente escutar essa música sem ouvi-la; não dá para apenas emprestar nossos ouvidos aos sons por ela produzidos. É preciso sabermos nos colocar em silêncio e entregarmos nossos ouvidos às suas vibrações para podermos navegar em seu mar de inspiração. Em troca vamos receber, renovado e com emoção, o batimento esperançoso do nosso próprio coração disposto a transformar.

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*(Transcrição do trecho final da crônica “Fim de semana na fazenda”, do Rubem Braga. Do livro “Ai de ti, Copacabana”, transcrita em “Português através de textos”, Magda Soares Guimarães. Ed. Bernardo Álvares S.A, 1970)

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