segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O BELO IRMANA

Ao falarmos de árabes e judeus a palavra que nos vem à mente é “conflito”. Parece que já nos acostumamos e nos acomodamos com a ideia de que não há solução para que esses povos convivam pacificamente.
Conheci, outra noite, pela televisão, uma experiência social que ilustra a possibilidade de harmonia na convivência entre os povos. A iniciativa foi de DANIEL BARENBOIM, maestro argentino, filho de judeus russos, juntamente com seu amigo EDWARD SAID, crítico literário e ativista da causa palestina. Portanto, um maestro judeu e um intelectual palestino. Em 1999 Barenboim e Said criaram uma orquestra, a WEST-EASTERN DIVAN ORCHESTRA, composta por jovens músicos. Desses músicos, 50% são árabes e 50% são judeus. Essa orquestra tem feito apresentações em todo o mundo e, a cada vez que ensaia ou se apresenta, a mensagem de convivência pacífica é transmitida.
Essa experiência me remete ao pensamento de Gibran, ponderando acerca da Beleza e da Liberdade. Diz ele:
“Não há religião nem ciência acima da Beleza. Eu construiria uma cidade à beira do mar, e numa ilha do porto erigiria uma estátua não à Liberdade, mas à Beleza. Pois foi ao redor da Liberdade que os homens travaram suas batalhas. Por oposição, ante a face da Beleza, todos os homens estendem as mãos uns aos outros como irmãos”.
(Gibran Khalil Gibran)       

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