Minha intenção é publicar aqui as coisas que leio, vejo, penso ou observo, e que me fazem sentir que acrescentam. Afinal, as coisas só se tornam inteiramente bonitas quando podem ser compartilhadas e se mostram repletas de significados comuns.
Embarquei em um navio viquingue. Num frio cortante, de fazer tremer o corpo todo, deixei de lado as costumeiras rotas do Bojador e iniciei meu percurso pelo litoral da Dinamarca, Noruega e Suécia. Mergulhei na neblina… No convés, propulsor da viagem, o pianista Caio Pagano. Deslizou os dedos pelas teclas do mar Báltico de seu instrumento, e a nau atravessou, determinada, a Escandinávia. Finda a travessia, desembarquei no espaço aéreo da praça escura, e saí caminhando pelas ondas de um oceano terrestre que havia inundado o quadrilátero central da cidade. Fui dormir no paraíso.