quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PLAZA GARIBALDI: MINHAS IMPRESSÕES A RESPEITO DA CIDADE DO MÉXICO - II

Num final de tarde tomamos o metrô na estação Chilpancingo. Depois de duas conexões chegamos ao nosso destino: Estación Garibaldi! Saímos do metrô exatamente dentro de uma feira enorme de artesanato. Caminhamos por entre as barraquinhas dos artesãos e depois pelas ruas, já no final do horário comercial, a procura da Plaza Garibaldi. Eu havia lido em algum guia que a visita era imperdível para aqueles que são movidos a música, e que gostam de “enfronhar-se” pelas coisas tradicionais do povo: ver gente, barracas, sentir cheiro de rua, ouvir sons, enxergar luzes coloridas, cantar, tomar tequila...

No final de uma das ruas de segurança suspeita, com as lojas já fechadas e os trabalhadores se dirigindo para o metrô em direção oposta à que seguíamos, deparamo-nos com uma região fechada para o tráfego de veículos, repleta de cores e bandeiras do México, bares e restaurantes animados, cheios de vida... e de gente.  



Ainda não havia escurecido, apesar de já serem mais de oito horas da noite. À medida que seguíamos nessa enorme calçada, sem trânsito de veículos, o movimento de pessoas aumentava. Percebi que estava caminhando por entre estátuas de ídolos da música mexicana, sentindo como se estivesse caminhando por sobre um tapete vermelho, e recebendo as boas vindas de Pedro Infante, Jorge Negrete, Javier Solis e muitos outros... 





Chegamos, então, à praça. “Plaza Garibaldi”. Do meu lado direito, em um restaurante com uma grande quantidade de mesas e cadeiras na calçada, um grupo mariachi cantava alegremente para uma família. Parei para olhar...



À minha frente estava a “Plaza Garibaldi”, repleta de gente alegre, mariachis e vendedores de lenços femininos coloridos e roupas com motivos mexicanos. Presenteei minha companheira com um lenço bordô maravilhoso, comprado de um ambulante simpaticíssimo que em agradecimento pediu-me para que eu vestisse um poncho com as cores do México e tirasse uma foto ao seu lado.



Os Mariachis ali na praça estavam vestidos com roupas justas, em geral com sombreros, e ainda carregavam por todo lado seu instrumento musical. Fiquei parado, olhando, até que um dos membros de um dos grupos Mariachis veio com muita cordialidade e simpatia oferecer-me, ao custo de cién pesos, uma música, com toda pompa e requinte do estilo mexicano. Perguntei como era a dinâmica da praça, com a ideia de que em algum momento aquele incontável número de mariachis iria se organizar para uma apresentação mais formal. Que nada, a dinâmica era aquela mesmo: diversos grupos de mariachis, cada um tocando sua música para um cliente, numa “bagunça” maravilhosa de sons, vozes, e danças. Conversei com todos que se aproximavam, e não pedi que cantassem especialmente para mim posto que não queria deixar passar meu tempo detido diante de um grupo somente: queria aproximar-me de todos, ouvir todos... e cantar com todos! 



Ali mesmo na praça estava o Museu da Tequila e do Mezcal. Não pude visitá-lo porque estava fechado em virtude do horário. Mas entramos em um Mercado (Mercado San Camilito) ali na praça, construído em arcadas que lembram aquelas do Palácio do Governo Mexicano no Zócalo (ponto central da Cidade do México). Ali dentro a desordem estava organizada em cores, luzes, mesas e pequenos restaurantes, um ao lado do outro, cada um deles com garçons que se aproximavam para oferecer bebidas e pratos típicos mexicanos. Muito gentis todos eles, gostavam de ser fotografados, posavam para fotos, sorriam, e transmitiam uma vitalidade contagiante.



 
Ao sairmos desse mercado, voltando para a área da praça, a luz do dia já havia terminado e o movimento de pessoas e mariachis havia – em muito – aumentado. Encantado com tudo aquilo, e fotografando todas as formas de expressão daquele povo, percebi ao meu lado um senhor convidando-nos, a mim e a minha companheira, para conhecermos. Nós o seguimos com passos incertos por estarmos nos afastando daquela bagunça alegre que em muito nos agradava, mas resolvemos segui-lo na expectativa de podermos conhecer algo que não sabiamos o que era, nem quanto custava. Mas fomos...

Chegamos na porta da casa de shows: “El Rincón Del Mariachi”. Bom, mas o que vimos ali... conto depois.

Um comentário:

  1. Estou adorando a série " Viajando com Elias para o México!!!...Estou ansiosa para o próximo capítulo!!! Beijos!!!

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